Fortyseven

Hoje voltei a passar mal brutal, de ficar deitada o dia todo sem nem querer falar com ninguém. Meu pai veio em casa e mal conversamos, não dava. Deitei no sofá mesmo lá pelas seis, acordei agora e tô vendo que me fodi porque seria melhor se tivesse dormido direto até amanhã cedo. Agora estou sem sono!
O Chico não me ligou e eu estou preocupada - ótimo! - agora nem dá pra ligar pra ele. Merde, merde, merde.

Quando o Shu falou da avaiana de pau (é, sem h mesmo!), achei que fosse mais uma animaçãozinha engraçadinha e só, mas não era. Hoje o Bá me mandou um link e, antes de ver do que se tratava, fui correndo atrás. Era, de novo, a avaiana. Então, em homenagem ao Shu, ao Bá e ao Chico (que adooora essa caca), vou colocar o link aqui. Divirtam-se!
Ah, o Chico e eu não queremos uma avaiana dessas porque o nosso Lucas vai ser um bom menino.

Acabei de desligar o telefone. A Fá, da facu de ed, me ligou e ficamos penduradas no telfone um bom tempo. Que saudade dessa menina. Aliás, que saudade da época da faculdade mesmo, das conversas de todos os dias, das piadas do Cotonete, da nossa bobeira inigualável. Eu tô bem mais feliz agora, depois de ver que mesmo com o tempo passando as pessoas queridas continuam presentes, continuam firmes com a gente. É, Fá, eu só queria te agradecer mais uma vez pela sua presença na minha vida! ;)

O dia foi uma grandissíssima merde. Meu pai veio almoçar com a gente, mas começou com aqueles papos anti-anarquismo e anti-música, dizendo que eu e o Bá não temos ambição na vida e blablablás afins. Aí, quando eu comecei a responder às acusações infundadas dele, ele se levantou e disse que estava com pressa. Pqp, eu não tenho mais saco pra gente que não discute as coisas. Que chega falando e sai antes de ouvir uma virgulinha sequer. Ainda mais sendo meu pai isso dói mais. Porque ele é (ou era) um cara inteligente, mas resolveu se fechar num mundo próprio onde ninguém mais pode entrar. Eu odeio essa coisa mal resolvida e a imagem completamente distorcida que ele tem dos próprios filhos. Também odeio quando ele começa com aquele papo de que "nós estamos matando minha mãe". Porque varia e não tem graça. Geralmente estamos matando minha avó (aí minha mãe também é acusada). E nós já matamos meu avô. Isso na cabeça dele, claro! Ok, isso acabou com tudo e eu praticamente chorei o dia todo. E depois poucas coisas têm graça ou valem a pena. Ô merde.
E eu queria ver algumas pessoas hoje, mas a Nessa acessível ficou escondida/morta.
Amanhã tô de volta. Espero.

> Meu pai tinha dito que vinha almoçar com a gente mas até agora não apareceu. Chuifs. O dia está estranho, comecei mal, tive vários sonhos ruins e quando acordei ainda lembrei de um que tive há alguns anos, onde o José Wilker ficava me seguindo e mandando ver nas cantadas ruins. Até que ele parava no meu portão (?!) e ficava repetindo: "Néssi, Néssi, vê se nunca me esquece!". O Lucas está todo todo hoje, não para de se mexer. Acho que vou jogar um dramin pra ele ficar quietinho. Mentira! Na verdade eu bem gosto quando ele fica saracoteando aqui dentro, e fico imaginando que ele esteja se divertindo muito (com o que já não sei!). Ai, ai... gravidez. Não engordei muito, como eu disse ontem, mas minha bunda tá enorme e minhas calcinhas me apertam. Hoje quero ver se compro lingerie nova, tamanho nova Nessa. Estava planejando alguns detalhes da mudança e comecei a ficar cansada só de pensar. Lembrei da última mudança que eu fiz - e nem terminei - aqui pra casa da minha avó. Caixas e caixas de um monte de detalhes que, uma vez que você more há algum tempo num canto, nem se preocupa mais em onde colocar. Mas aí vem a mudança e te obriga a pensar que mesmo cotonete ocupa algum lugar na sua casa. Juro, cansa pensar nisso e dá vontade de voltar a dormir, só de preguicinha mesmo. Vou continuar esperando meu pai e ver se consigo recuperar minha câmera fotográfica, que está no poder dos Custódios do andar de cima. E só porque eu falei deles, me deu uma puta vontade de um dia dominar esse predinho aqui com os Custódios do mundo, que nem a gente (eu e Bá) pensava quando éramos pequenos.

Hoje fui ao obstetra e o pequeno Lucas já não está mais tão pequeno assim, já tem 21 cm. Ainda bem não engordei muito e o meu filhote está bem, crescendo direitinho e com os batimentos cardíacos em ordem. Uma gravidez em ordem, apesar dos percalços. E eu mal vejo a hora de pegar esse nenenzinho no meu colo e enchê-lo de beijos, apertá-lo e mimá-lo pro resto da vida. Essa semana quero aproveitar alguns eventos típicos de gestante, como a feira da pechincha que eu vi anunciada na tevê - porque preciso de bercinho, carrinho, roupinhas e esses frufrufrus todos, além de calças que me sirvam de verdade! ;) - e porque deve ser divertido mesmo. É, eu tenho que dizer que essa coisa de ser mãe é muito louca, mas muito divertida. E aquela propaganda do xarope que tem a abelhinha falando baixinho me deixa com vontade de chorar (?!?!), de tão fofinha.

Eu não falei, mas o mais importante de tudo é que o pequeno Lucas está sempre se mexendo aqui dentro de mim e minha pança está crescendo (mais, eu sei). Agora, sim, me sinto uma mulé grávida de verdade e estou mais que ansiosa. Dezembro demora a chegar?

Eu quero um allstar preto porque o meu velho tá sem sola já e meu vermelhinho tá pedindo descanso. Também queria ter comido mais morangos com chantili, até porque enquanto estávamos todos à mesa as coisas estavam mais divertidas (aquelas coxinhas-balões-gotinhas-espirros-suores estavam muito engraçadas, assim como as rimas da minha mãe no almoço) e, por incrível que pareça, adoro conversar com o Bazo, a Ciça, minha mami e minha avó (sempre aérea). Espero que o Chico esteja se divertindo horrores e volte bem cansado e feliz, mas eu não vou esperar acordada porque minha cabecinha precisa de descanso e amanhã tem almoço na tia Li. Pqp, acho que isso aqui não faz muito sentido, mas...