sexta-feira, dezembro 31, 2004

O Lucas está dormindo, esperando a última mamada do ano. Enquanto isso andei tirando várias fotos dele, só porque é o bebê mais lindo do mundo e fez várias caretas engraçadas - o que será que ele estava sonhando?
E eu, nunca senti tanto a falta do Chico como agora...

quinta-feira, dezembro 30, 2004

Então, aqui em casa fica todo mundo babando em cima do nosso pequeno e com uma câmera na mão fica impossível não fotografá-lo de quinze em quinze minutos. Hoje coloquei mais fotos do Luquinhas no álbum dele. Estou tentando não colocar qualquer foto, mas todas são bonitas, hehe...
Hoje é o nosso primeiro dia sem o papai aqui com a gente, então eu estou bem atrapalhada e um pouco mais cansada, claro. Sem contar a saudade, que dói.
Agora estou esperando as 7 horas, a próxima mamada do nosso pequeno. Enquanto ele dorme, eu aproveito pra escrever e (tentar) relaxar um pouco, né? Ando estressadinha demais... sucurro!
"quem beija um filho meu, minha boca adoça" ::> Obrigada a todo mundo que ligou, mandou recado ou apareceu pra ver o Lucas.

sábado, dezembro 25, 2004

Pra quem crê, Feliz Natal. Pra todo mundo, um 2005 fodasso de bom. Eu não vou mandar e-mail padrão pra comemorar, nem nada do tipo, mas realmente espero que as pessoas que eu gosto se dêem bem e tenham um ano legal pela frente. Aliás, que tenham uma vida batuta pela frente - mas não vou ficar alardeando por aí. Fica aqui o meu desejo e pronto. ;)

sábado, dezembro 18, 2004

Ah, esqueci de dizer: o Lucas nasceu no dia 11 mesmo. Depois de postar aqui, fui pra sala e comecei a sentir pequenas contrações, que aumentaram o ritmo rapidinho e me forçaram a correr pra maternidade de madrugada mesmo. Aí às 11 da manhã o Luquinhas nasceu! =)

Estou em casa, cansadíssima. O Homem-Sereia, ou Lucas, também está de volta conosco e lindo como sempre. Ainda bem que o susto passou e que essa noite ele vai dormir do nosso ladinho, no nosso quarto. Essa coisa de filho dormir fora de casa preocupa os pais, viu? Nem quero ver a adolescência dele chegar...
Enfim, meu primeiro grande susto de mãe já passou. Uebas! Mas já me disseram que daqui pra frente só piora - e que coração de mãe tem que ser elástico, pra aguentar as aflições todas que ainda vêm. Tudo bem, eu vou dar conta.

sábado, dezembro 11, 2004

Como eu não sei o que vai acontecer nas próximas horas, achei por bem registrar aqui que já tive alguns ditos 'sinais' de que vou entrar em trabalho de parto logo, logo. Não faço idéia de como vou fazer pra avisar a todo mundo quando o Lucas tiver nascido, mas acho que pelo sítio da maternidade vai dar pra saber, procurando pelo nome da mãe, do pai ou do bebê. Alguém aí sabe algum desses nomes? Eu sou Vanessa, o Chico é Francisco e o Lucas vai ser Lucas mesmo (a não ser que a médica da ultrassonografia tenha nos enganado durante todo esse tempo!). Como é um hospital relativamente pequeno dá até pra procurar só pelo primeiro nome, haha, mas adianto que nosso pequeno será um mini-Custódio Peixoto. Ok?
Agora eu devia tomar um pouco de rescue, porque eu sou adepta dos florais mesmo e tô mais que ansiosa. Em vez disso posso pedir colo e cafuné pra minha mãe e aproveitar o que devem ser os últimos momentos antes de eu me tornar A mãe da história.
Tá, tá, aposto que me atrapalhei toda escrevendo aqui e que isso tudo só deve fazer sentido na minha cabeça mas, sinceramente, pouco me importa agora. Quero mais é dormir pra não ver o tempo passar e ter logo no meu colo o grande Luquinhas.

quarta-feira, dezembro 08, 2004

"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.... mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre."
Vinícius de Moraes

Só porque estou reencontrando pessoas queridas e isso me faz um bem enorme.

quinta-feira, dezembro 02, 2004

nessa esperando a grande abóbora

Então é isso... Continuo pacientemente esperando o Lucas chegar, sentada no degrau em frente à  minha casa... Mais ou menos como fazia minha avó enquanto eu e o Bá vínhamos da escola na perua escolar.

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Pois é, pois é... o Lucas vai nascer na Pro Matre mesmo, só não sei ainda o dia e a hora. Tá todo mundo dizendo pra eu ficar ligada na mudança de lua e contando as histórias de partos que conhecem. Às vezes eu fico um pouco assustada - essa ansiedade toda, medinho, uma dose de insegurança - mas tô levando bem, como boa pingüinzinha que sou (é que estou andando que nem uma pata, mas dizem que isso é normal, então eu acredito). Hehe.
Revirando gavetas achei aquele trechinho ali embaixo. Deu vontade de chorar, de saudade. Eu ter vontade de chorar é normal, nada demais, mas de vez em quando eu fico mais sensível ainda. Como agora.
De volta ao Lucas e à grande aventura da minha vida, vi no sítio da maternidade que dá pra mandar mensagens às mamães e bebês que estejam lá internados. Portanto, quando estivermos lá, quero ver se alguém aí me manda um "oi, ex-gorda!". Haha.
Vou ser A MAIS ExGorda. Pierre, Dedé e Ciça que me aguentem depois dessa.
E dgentes, desculpa eu ser assim, tão boba. ;)

Diga uma coisa. Diga se o marxismo proíbe comer vidro. Quero saber.
Foi em meados de 1970, no oriente de Cuba. O homem estava lá, plantado na porta, esperando. Pedi desculpas. Disse a ele que era pouco o que eu entendia de marxismo, uma coisinha ou outra, pouquinha, e que era melhor consultar um especialista em Havana.
- Já me levaram para Havana - disse -. Os médicos de lá me examinaram. E também o comandante. Fidel me perguntou: "Vem cá, será que o seu caso não é de ignorância?"
Porque comia vidro, tinham tomado seu carnê da Juventude Comunista:
- Aqui, em Baracoa, abriram um processo.
Trígimo Suárez era miliciano exemplar, cortador de cana de primeira fila e trabalhador de vanguarda, desses que trabalham vinte horas e recebem oito, sempre o primeiro a acudir para tomar cana ou atirar tiros, mas tinha paixão pelo vidro:
- Não é vício - explicou -. É necessidade.
Quando Trígimo era mobilizado para colheita ou guerra, a mãe enchia sua mochila de comida: punha algumas garrafas vazias, para o almoço e o jantar, e de sobremesa, tubo de lâmpadas queimadas, para o lanche.
Trígimo me levou na casa dele, no bairro Camilo Cienfuegos, em Baracoa. Enquanto conversávamos, eu bebia café e ele comia lâmpadas. Depois de acabar com o vidro, chupava, guloso, os filamentos.
- O vidro me chama. Eu amo o vidro como amo a revolução.
Trígimo afirmava que não havia nenhuma sombra em seu passado. Ele nunca tinha comido vidro alheio, exceto uma vez, uma vez só, quando estava louco de fome devorou os óculos de um companheiro de trabalho.

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