quarta-feira, abril 30, 2003


eu também sou uma covarde tentando fugir, a única diferença é que não tem uma hopey me segurando de volta.
:)

merde, eu não consigo dormir. estou enjoadassa e triste pra caralho. acho que vou escrever mais um pouco, mas não tô com as idéias no lugar - acho que nem é uma boa idéia.
hoje na aula pensei em abandonar o grupo do tcc e desenvolver sozinha uma monografia. claro que eu não vou fazer isso, primeiro porque é meio 'desleal' abandonar as meninas agora e também porque seria a garantia de mais um ano naquela porra de universidade. ian me livre.
tô agilizando algumas coisas pro meu mestrado mas não engatilhando nada, ainda. não sei se eu quero mesmo ir pra curitiba ou se fico aqui. esse meu estado horroroso pode me quebrar bem mais fácil se eu estiver longe; por outro lado, quem sabe eu deixo de ser tão mimada... eu não tô com as idéias no lugar, eu disse, nem adianta pensar nisso agora.
não adianta pensar em nada agora. eu tô vendo tudo da pior maneira possível, não dá pra decidir nada assim, né?

vou ouvir drums & shotguns pra dormir.

hoje o dia foi tosco e torto, mas coloquei no correio o cd pro dani usar no próximo programa da "rádio coreana" (me desculpe, mas pra mim é assim que ela se chama) e espero que dê tudo certinho. a seleção está supimpa e eu tô com inveja do pessoal de floripa que pode ouvi-los, hehe.
ah, parece que a manu não vai ficar em curitiba. e acho que se eu vir a lena lá, vai ser por dois segundos e só. ela vem pra são paulo na quinta de manhã! :(

terça-feira, abril 29, 2003

olha isso: Why am I always the last one to know? I don't like the sound of my heart breaking down. It seems the more I've searched, in the end the less I've found. The harder I try to be right, I get it wrong every time. Wherever my heart goes, I'm the last one to know.
não sei se é o inferno ou se é lindo.

e, apesar de falar do los hermanos e citar lifetime, não consigo parar de ouvir chamberlain. é a única coisa que eu deixo estraçalhar com meu peito sem sentir uma pontinha de raiva depois.

next time that star shoots across the sky i'm gonna grab it and smash it under my feet. who the fuck wants to be happy?

meu momento paga pau: marcelo camelo comentando as faixas do novo disco do los hermanos...
(roubado de um blog que roubou de uma revista)
"samba a dois"
é o nosso primeiro samba, e dá pra perceber algumas peculiaridades da banda ao tocar samba. essa música eu fiz pra minha namorada, mila.
"cara estranho"
é um rock que fala de pessoas como eu, que às vezes nao conseguem se encontar direito. é absolutamente pessoal.
"tá bom"
essa eu fiz pra um amigo. é um rock lento. neste disco tem muito de a velocidade das músicas estar dois passos atrás do que se espera delas. isso é muito maneiro, pois dá um balanço. essa faz parte da série de músicas "conselho".
"último romance"
essa é do rodrigo (amarante). é das minhas preferidas. é uma canção bastante melodiosa, que fala de um amor da terceira idade.
"sétimo andar"
outra do rodrigo. é difícil falar das músicas dele, pois passa a ser uma interpretação minha. mas esta é no clima de "marujo", do bloco... dá pra perceber bem a diferença do jeito de compor dele e do meu.
"além do que se vê"
essa eu fiz para a minha mãe. ela é pintora e eu usei algumas referências de quadros dela pra explicar certas coisas da nossa família. talvez algumas coisas nela não façam sentido a não ser pra minha família.
"o vencedor"
eu estava vendo big brother e uma pessoa foi eliminada. daí o bial foi perguntar pra família o que sentiam. e eles: "ele é um vencedor". e o cara tinha sido eliminado. essa música parte disso, dessa necessidade que as pessoas tem de ser vencedoras.
"a outra"
surgiu como um samba e a gente acabou desconstruindo. é uma narrativa feminina, e é legal poder fazer isso. só a sensação de, como compositor, poder supor outras coisas já é um exercício de abstração muito bom.
"um par"
fala da relação pai e filho. é uma historiazinha maneira e um dos rocks do disco. esse disco tem um pouco dessa cara de rock, e esta é um dos estandartes rock dele.
"do lado de dentro"
é um diálogo. este trabalho tem bastante claro que muitas músicas são auto-referenciais e outras são completamente fora disso, o que acaba criando nuances que fazem com que eu me divirta mais. fazem com que seja menos monótono do que falar o tempo inteiro de histórias inventadas. esta é uma das ficções.
"deixa o verão"
o mais legal de se fazer um disco é falar de temas diferentes com abordagens diferentes. e quando você acha que a banda está se levando muito a sério demais, aparece algo mais leve, como esta música, mas nada bobo. a letra fala sobre ficar em casa.
"de onde vem a calma"
quase diametrialmente oposta. fala do lado de dentro. é difícil falar sobre algumas músicas, pois sempre acaba idiotizando um pouco.
"conversa de botas batidas
uma divagação sobre uma situação real. um senhor e uma senhora morreram num desabamento aqui no rio, e eles eram amantes. a música é como se fosse uma conversa deles antes de o prédio desabar.
"o velho e o moço"
fala do destino, do que as pessoas fariam se soubessem o que iria acontecer com elas.
"o pouco que sobrou"
fala sobre a desesperança com a vida, com tudo.

segunda-feira, abril 28, 2003


hehehe

hoje o show lá foi mais legal. as pessoas eram mais legais e eu me diverti mais... também tirei um monte de fotos, espero que tenham ficado boas. usei a máquina da dedé e confesso que no início me ferrei porque ela demora uns segundinhos extra (ok, acho que é menos de um segundo) e eu não estava acostumada. depois foi ok, e os jovens todos foram muito solícitos quando eu aparecia com a câmera no meio da galera e até faziam 'cerquinha' pra eu não levar cotoveladas durante a minha empreitada. fiquei comovida! ... nem tanto, vai! depois fomos pra vila e foi bem engraçado, apesar de, no meio da diversão, ter ouvido o velho papo de que "sxe é assim e assado", que eu não tenho mais tanto saco pra ouvir. eu não sei se as pessoas com quem eu ando são foda demais pra serem imbecis e nem vejo que existe isso à minha volta ou se é a velha birra de não-sxe. mas, sinceramente, não dou a mínima. ainda mais porque eu acho que é birra mesmo e eu tenho que ser a birrenta-mor da minha história.

domingo, abril 27, 2003

acabei esquecendo de comentar, mas ontem enquanto eu ia pra rodoviária, caiu uma flor no meu colo... que meigo!

eu quero a camiseta da akpress da emma goldman.

"Anarchism, then, really stands for the liberation of the human mind from the dominion of religion; the liberation of the human body from the dominion of property; liberation from the shackles and restraint of government. Anarchism stands for a social order based in the free grouping of individuals for the purpose of producing real social wealth; an order that will guarantee to every human being free access to the earth and full enjoyment of the necessities of life, according to individual desires, tastes, and inclinations."

pra consertar o meu erro de posts duplicados e recém deletados, voltei pra colocar um link aqui.
hoje falei com o menino mais doce do mundo, sílvio ricardo, e ele me perguntou dessa entrevista com o chamberlain, que aliás meu irmão tinha comentado comigo outro dia. nada demais, mas tem o nominho dele no final. cute!
também falei com o sávio, a diza, o ruivo... fazia tempo que não trocava idéia nenhuma com esses doidos. bom, agora acho que é hora de dormir.


comprei minha passagem para curitiba. saio daqui à meia noite e vinte da quarta-feira, o que significa dizer que não vou ver a aula da maria alzira. um esforço que vale a pena, hehe. depois de sair da rodoviária, fui encontrar a dedé pra irmos pro hangar. a mariana daria risada disso, do hangar. eu ainda não entendo como eu e a dé sempre voltamos lá apesar das coisas que a gente vê. quer dizer, claro que entendo, mas continua sendo tudo absurdo demais pra mim, aquele mundo "show do deadfish". não que eu seja uma velha chata e odeie a patota novinha, mas é impossível alguém com mais de 18 anos não se sentir realmente velho demais num ambiente daqueles. e as conversas? puta que pariu, dá um tempo! não sei os nomes das bandas que tocaram antes do df, mas eram todas ruins, com vocais ridículos, guitarras de merde e, cara, aquilo era uma visão do inferno! eu gosto um bocado do df e me diverti durante o show deles, mas não fosse pela minha prima e pelo rodrigo (e o meu grande dever nessa vida), nunca mais iria num esquema desses. e se isso é sinal de que eu tô velha, tô então! e nem ligo.

sábado, abril 26, 2003

what weezer song are you?
será?

olha o e-mail que eu recebi. lembrei do blog da grasi.
NOVA YORK - Investigadores federais prenderam um enigmático aplicador de Wall Street acusado de ter acesso a informações internas e privilegiadas.
E, incrivelmente, ele alega ser um viajante do tempo do ano 2256! Fontes da Comissão de Segurança confirmam que Andrew Carlssin, de 44 anos, ofereceu esta bizarra explicação para seu incrível sucesso no mercado de ações, após ser levado algemado em 28 de janeiro.
"Não acreditamos na história desse cara - ou ele é um lunático ou um mentiroso patológico", disse um membro da Comissão. "Mas o fato é que, com um investimento inicial de apenas 800 dólares, em duas semanas ele tinha um portfólio avaliado em 350 milhões de dólares. Toda transação que ele fez deu lucros, em área inesperadas dos negócios, o que não pode ser simplesmente sorte. Ele só pode ter conseguido através de informações internas ilegais. Ele vai ficar sentado em uma cela na Ilha Riker até concordar em divulgar suas fontes".
Quando investigadores pressionaram Carlssin durante o interrogatório, foram surpreendidos por uma confissão que durou quatro horas. Carlssin declarou que viajou de volta no tempo a partir de 200 anos no futuro e que seu conhecimeto dessa era lhe permitiu acumular a fortuna que obteve.
"Era tentador demais para resistir", teria dito Carlssin durante a confissão, que foi gravada em videotape. Para provar que estava falando a verdade, Carlssin se ofereceu para falar sobre "fatos históricos" como a cura da AIDS e o real esconderijo de Osama Bin Laden. Tudo o que ele quer é que permitam que volte ao futuro em sua "nave temporal". Mas ele se recusa a revelar a localização da máquina ou falar como ela funciona, supostamente com medo de que a tecnologia "caia em mãos erradas".
O mais intrigante é que os agentes ainda não encontraram nenhum registro existente sobre qualquer Andrew Carlssin antes de dezembro de 2002.
Adendo: a história é totalmente doida...mas o cidadão acertou em 126 casos sem erro em
operações de alto risco... segue o link do yahoo! news.

...
sou mais o biff tannen, claro!

ai, tá. desculpa, tô de cabeça cheia e coração vazio...

conversando com a rafa, comecei a pensar que meu desleixo já tirou muita gente da minha vida. outro dia também tinha comentado isso com o cássio, mas hoje tô sentindo isso mais forte. por mais que eu diga - e eu digo, às vezes até demais - que amo as pessoas, duvido que alguém saiba realmente como as coisas se processam aqui dentro. que se foda, também, não quero que me entendam tão completamente que eu vire uma coisa assim, sem graça. desculpa, MAIS sem graça. voltando, eu não sei pegar o telefone e ligar pras pessoas, por exemplo. além daquela já conhecida nóia de "invadir a vida dos outros", de ser chata e incoveniente (baixíssima auto-estima, no chinelo), eu tenho um medo estranho - e foda-se, eu também nunca o entendi. e tem mais, quando eu começo, me apego com muita facilidade e vicio muito rápido na presença das pessoas perto de mim. isso é uma merde, um inferno. aí fico escrevendo cartas quase todos os dias, bipando (essa é velha), mandando e-mails, fazendo desenhinhos... mas sou incapaz de sair de casa e andar até a casa do scott lavolta. não ligo pro tagori pra ver se ele quer ir no cinema. não vou até santos ver a lu e minha afilhadinha. não saio do casulo e claro que isso deve parecer uma coisa comodista filha-da-puta, um estrelismo do caralho, tipo "amigos? que me procurem." não, não é isso e nunca foi. eu sou péssima pra um monte de coisas, irresponsável, também, mas isso esconde um puta medo de rejeição que eu nunca vi maior. é, olha que descoberta magnífica: se eu me mostro muito durona, pode ter certeza de que está me atingindo em cheio. eu não quero admitir pros outros minha vulnerabilidade. não posso deixar que saibam quando me têm na mão. e, convenhamos, é muito fácil me ter nessa posição. eu sou uma ridícula fdp carente e chorona. todo mundo sabe!!! mas que merde ficar repetindo isso aqui.
que se foda todo mundo.

eu confesso, não aguentaria esperar até dia 12 e pedi pro dani as músicas do los hermanos novo. tô ouvindo e achando fofíssimo. obrigada, meu garoto.

sexta-feira, abril 25, 2003

porra, meu "clima de comemoração" acabou quase na sequência do post. pra variar, a aula (?) foi um cu e nem conversar com as meninas ou com os trutas no icq estava me animando. aí, depois de um show no banheiro da faculdade (ainda bem que eu não conheço ninguém daquela unidade mesmo), resolvi voltar pra casa. peguei um lapa-r com cheiro de vômito e um rebanho de jovens retardados batuqueiros. felizmente não tô no inferno e a prova disso é que a caminho de casa encontrei o ricardo, meu ex-professor de foto, e trocamos umas palavrinhas. batuta foi que hoje mesmo eu estava atrás dele no senac e não o vi por lá, aí pude resolver meu problema aqui na alfonso bovero mesmo. uma dor de cabeça a menos, mas isso não muda meu status de tristeza emburrada. e, gorda que sou, tô tomando sorvete como se isso fosse ajudar de alguma maneira. patética, patética, patética...

eu não disse ainda, mas tô em clima de comemoração porque meus óculos favoritos estão de volta à minha fuça!

eu estava com medo de ter que viajar sem eles...

esse post eu divido com a lena, o chico, o dani, o carlinhos - ops! -, o fusco, o milo aukerman e todo mundo que tá esperando o starbucks abrir aqui.
You're an Espresso.
You're an Espresso
What Kind of Coffee are You?
brought to you by Quizilla

essa aula de sexta-feira tem que servir pra alguma coisa além de me dar a chance de atualizar um blog tosco que nem esse. e pensar que eu vim toda afoita pra cá, correndo contra o relógio e toda preocupada. olha só, porra nenhuma acontecendo!! pfff...
eu estou contando os minutos pra ver curitiba de novo, só estou um pouco preocupada com a divisão de tempo que eu vou ter que fazer pra poder ver todo mundo. acho que eu precisaria de pelo menos uns dois dias com cada pessoinha de lá! eu só não admito não ver a daisy e a manu dessa vez, já que na minha última visita à cidade-lego não consegui vê-las. outra pessoa que está na lista é a lena, mas ela eu vou ver com certeza (né, lena?). e os meninos: mário, tocha (será que eu conseguirei caçá-lo?), chico, shu, nils, rodrigo, gbariel... afe, eu vou esquecer alguém, já tô vendo. merde de cabeça de véia.

pqp, o internet explorer dá pau aqui e o netscape ali.

indo pra faculdade hoje ouvi histórias absurdas de uma governanta e sua colega cozinheira (que nem sabia fazer strogonoff! hehe). fiquei menos de uma hora na sala de aula, prova da rosi, e voltei pra casa. nem conversei com as meninas: estava péssima de enjoada e não ia ficar lá sentada pra trocar só meia dúzia de palavras, afinal elas teriam a segunda aula e prova; eu não. na volta nem teve historinhas divertidas no busão... falei com o meu garoto pelo telefone e a saudade parece ter aumentado depois disso. merde. coloquei na internet uma porrada de fotos que eu queria ter no hewhocannotbenamed pra poder downloadá-las depois. devia ter feito a prova da maria al(ja)zira, mas não tive vontade de escrever. amanhã o dia deve ser folgado, então faço com pouco capricho, mas calma. tadinha, no fundo eu tenho um pouco de dó dessa professora porque ela realmente acredita que é legal e faz um puta bem pra gente. bom, faz melhor do que alguns professores que eu já tive (como, bem lembrado pela mari, aquele de metodologia científica que dizia que "quem tem tatuagem precisa de ajuda profissional porque mutilação não é normal" e no meu primeiro ano de faculdade foi acusado de assédio sexual pela menina mais galinhona da sala... eu não lembro o nome dele, mas o cara era uma figura bem curiosa. péssimo professor, no entanto).

quinta-feira, abril 24, 2003

encontrei o jim online hoje no icq e foi maravilhoso poder conversar com ele. um amigo queridão que não vejo nunca (talvez porque ele more mais longe do que mozine+veenie+mário+léo+dani juntos) e que, apesar da distância e dos séculos sem conversarmos, tem a paciência de me aguentar em momentos de choro ininterrupto. eu nunca esqueço que quando o conheci ele tinha me mandado uma foto dele com um moletom do joy division e eu achei a coisa mais fofa... pois é, esse cara salvou minha noite ridícula. :)
também conversei com mozine, que me mata de saudade mas aparece de vez em quando pra não me deixar morrer de vez. finalmente conversamos sobre a época em que eu tinha uma ultra crush nele (hehehe, não precisa comentar, até porque já passou!) e como lidávamos com isso... foi engraçado, parecia uma conversa de veeeelhos amigos... acho que era mesmo uma conversa assim, desculpa o comentário então.
não consigo me concentrar nos assuntos tccísticos, o que me mata de preocupação agora mas vai me matar de nervoso e gastrite no próximo semestre. eu sei porque eu já vi esse filme e não aprendi a agir diferente... aliás, sou mestra em ver mais de uma vez o mesmo filme e ter as mesmas reações, não? merde, essa coisa de menina de coração melado já deu na minha paciência!
devia ter ido deitar cedo porque além de ler os textos da sideshow bob, tenho que preparar o relatório pra entregar amanhã... merde, de novo!

dani, tem um post pra você vc sabe onde.

olha, gastrite é uma merde, comunicação truncada é uma merde maior e eu continuo com raiva de tudo...

quarta-feira, abril 23, 2003

tô indo deitar cedo (pros meus padrões, uma e tanto é cedo demais até), em potresto.
[é, POTRESTO mesmo]

estava aqui tentando escrever alguma coisa que pudesse ajudar no nosso "novo tema" de tcc, mas esse teclado do pc quebra meus dedos e a porra do icq online acabou de esgotar minha paciência! embora eu estivesse em boa companhia, é irritante esse esqueminha das janelas saltarem na nossa fuça sem aviso prévio.
está mais que certo: esse feriado vou pra curitiba mesmo. tinha pensado em esticar pra floripa mas não vai dar ($) e não vai dar. ok, também não tenho muito tempo pra gastar viajando... me contentarei em ver a minha cidade favorita e, quem sabe, nova casa. nem tudo é mais-que-perfeito.
continuo estressada ao cubo e com ridículas crises de choro sem motivo nenhum que preste. quem me conhece há algum tempo sabe como é. e enquanto o bá me chama de neurótica (com alguma razão, ok), continuo engolindo seco pra não fazer feio na frente dos que ainda esperam alguma sanidade vinda da moça aqui. eu sou fdp, não posso dar o braço a torcer.

terça-feira, abril 22, 2003

eu realmente devo estar fora de mim... gostei da sandalinha do ROUGE!

e, dé, antes que você pense que tudo isso é porque meu cinema foi péssimo, já adianto que não tem nada a ver. o cinema foi ok, o filme é legal e eu me diverti à beça.
só que eu tinha que voltar pra casa, né?

a quem eu tô querendo enganar? meu prazo venceu e eu tô uma merde de novo.
se alguém puder fazer o favor de não perguntar o que está acontecendo eu agradeceria muito. eu não quero conversar porque isso não ajuda.
uma piada meio sem graça:

tô ouvindo "personal best" do team dresch repetindo direto e achando tão espantosamente fofo!

segunda-feira, abril 21, 2003

preciso encontrar a ju pra pegar minhas apostilas, ou tô fodida na terça...
bom dia, dia.

o meu domingo foi bom, até quando possível. fui almoçar no tio cacá e à noite encontrei com a dedé, que chegou de santos. era pra eu ter ido com ela - ou depois com a sil, mas minha cabeça não permitiu. tudo bem, porque acabei vendo o ordinaria hit e bully aqui em sp mesmo. mas nem tudo são flores, infelizmente eu não sou um poço de virtudes e fico chateada quando pisam em mim. também não sou um monstro e, depois que eu explodo, costumo enxergar tudo como antes, sem ressentimentos. o foda é esse momento até que se faça a explosão - eu fico meio perdida, com um misto de tristeza e raiva no peito, o combustível ideal pra qualquer gastrite. mas isso só prova que é hora de ligar o botão "fuôda-se" e seguir em frente. isso não é um post dedicado a uma pessoa em especial, portanto nada de pânico, crianças! ou, ainda, pânico pra todo mundo! porque não é só uma pessoa que consegue me foder tão fácil.

domingo, abril 20, 2003

bom domingo!

eu gosto de esmalte preto porque, além de bonito, quando descasca e eu tenho preguiça de consertar posso enganar (mal) usando o canetão. tô meio triste porque a helô ficou uns dias em sp e eu não pude dar atenção a ela. juro que essas coisas me fazem mal: ser uma merde de amiga, nunca ligar pra quem eu gosto... eu vivo escondida no meu canto. eu sei que tá errado, mas eu continuo com aquela minha paranóia besta de ter medo de encher o saco, de invadir a vida dos outros. bom, mesmo sendo assim, consegui quem me ajudasse a parar de chorar. incrível não ter sido o tocha, o veenie, a camilão, dedé ou o dani. hehe...

sexta-feira, abril 18, 2003

se alguém conseguisse me fazer parar de chorar seria legal.
merde.
"Ainda é cedo amor, mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Presta atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
E em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés"

saudade do veenie...

descobri que eu não tenho o telefone da ju, minhas anotações se perderam em algum dos meus cadernos. merde, queria tanto falar com ela...
à noite tem show do ordinária hit (no orbital) e eu queria ir no cinema antes, mas o bá acabou de jogar na minha cara que eu sou uma parasita fdp e eu não tô pra discutir hoje então vou só parasitá-lo e garantir minha entrada grátis num show de rock. não é grandes coisas, mas é melhor do que ficar em casa bundando e ser uma parasita que não leva vantagem. ok, eu gosto deles e tem também o objeto amarelo, então há de ser batuta, só que eu não deveria dar o braço a torcer porque eu queria ir no cinema antes, aí sim seria uma sexta-feira legal, porra!
aliás, falando em sair, foi essa semana o negócio no fun house? eu acho que tô completamente perdida no tempo.

you've sirened your pride in with banners flying the nation, and they all read "come see about me".
we both bend in strong winds, but it seems we all can't fend the break, so stay brave if your arbors fall.
you're under lock and key and i could break in but i've never been a thief.
all done with this old place, with the romance of sunlight on your face, and friendships too much like disease.
dear sovereign, i'm thinking that passion left town when your heart did.
(you're at it again) but you used to beat the bright out of the sky.
you steal meaning from seasons, break silence like a bone of mine.
come closer, or don't come at all.
you're under lock and key and i could break in but i've never been a thief.

o que dizer do chamberlain?

hoje é aniversário da ju (da facu)! parabéns, garota!!! =*

nossa, nem comentei que estive no meu velho apartamento, o que fica perto da puc. que dorzinha esquisita me deu em estar lá... depois disso o meu dia desmoronou e aí eu não consegui nada que me deixasse contente. nem a visita-surpresa da minha tia me tirou do desânimo imbecil. nem conversar no telefone. a real é que eu não acho mais graça em porra nenhuma e ninguém. pode ser uma merde, mas... é, é uma merde.

eu não estou mais tão azeda, mas triste. que merde... hoje a ciça foi pra londrina, pra passar o feriado com a camilão e sua mami. eu queria ter podido viajar também, mas a coisa tá feia pros lados de cá. não tô chorando (não nesse momento!).
as pessoas continuam dizendo que eu emagreci e eu não sei até que ponto isso é legal. será que eu devia dizer que tô vomitando depois de cada refeição só pra estragar o momento "feliz" de quem comenta? não seria mentira, oras. queria conversar, agora, com duas pessoas mas nenhuma delas está disponível... que falta de sorte, né? ai, ai.

quinta-feira, abril 17, 2003

o título do meu blog é uma coisa de louco. olha só!

merde, tô sem sono e não consigo jogar o emogame aqui no pc!
=(

meu momento saudosismo (lembrando que isso é a coisa mais podre que pode acontecer com alguém que nem aos trinta chegou!):
* walkman*
já faz tempo estou cansada de viver sem saber
quero saber o que acontece nesse mundo de vocês
por favor me dêem armas, eu não sei sobreviver
por favor a resposta pra aceitar sem entender
já cansei de gritar sem ninguém nem perceber
já não sei quais palavras usar pra te convencer
é a mesma velha história com você ou sem você
sei que eu não quero mais trabalhar para morrer.

tenho saudade de quando eu tinha um scanner, sabia mexer com html e lembrava sempre as minhas senhas... bons tempos.

acho que eu vou sair com a dedé agora.
(trinta e cinco minutos depois, em meio a alguns bocejos e a impossibilidade de tomar sequer uma xícara de café...)
...ou não!

quarta-feira, abril 16, 2003

nossa, tô digitando tudo errado. vou dormir e tentar levantar mais cedo pra fazer meu trabalhinho da faculdade.

um amigo meu está triste. aliás, mais de um está e eu também estou assim. não é o "inferno astral" de nenhum de nós. o que está acontecendo, então?

olha, martha, me desculpa roubar descaradamente do seu blog, mas chocólatra que é chocólatra tem que publicar uma coisa dessas:
a extraordinária dieta do chocolate
* coma uma barra de chocolate antes de cada refeição. isso vai reduzir o seu apetite ao máximo, e você comerá menos.
* chocolate é um vegetal. chocolate é feito de cacau. cacau = vegetal. açúcar é feito tanto de cana de açúcar como de beterraba. ambas são plantas, o que as coloca na categoria dos vegetais. portanto, chocolate é integralmente um vegetal. igual a uma salada.
* barras de chocolate também contém leite. assim, barras de chocolate são um alimento saudável (chocolate amargo pros vegans saudáveis, ok?).
* chocolate recheado com passas, cerejas, fatias de laranja e morangos... todas contam como frutas, então com tantas barras quantas quiser.
* o problema: como levar 1 kg de chocolate pra casa, da loja, em um carro quente? a solução: coma no estacionamento mesmo.
* se você comer quantidades iguais de chocolate preto e chocolate branco, isso é uma dieta balanceada.
* chocolate tem muitos conservantes, logo conserva você. conservantes fazem você parecer mais jovem.
* ponha "comer chocolate! no início da sua lista de coisas a fazer hoje. dessa maneira, pelo menos um item da agenda você vai conseguir cumprir.
* uma boa caixa de chocolates pode fornecer toda a sua necessidade diária de calorias. não é prático, isso?
* lembre-se: "stressed" (estressado, em inglês) soletrado de trás pra frente é "desserts" (sobremesas), portanto sobremesas (de preferência de chocolate) são o antídoto para o stress.

eu abri uma bagacinha do blogger brasil pra poder hospedar minhas fotos lá, já que aqui não rola essa boiada. sabe o que eu descobri? que a interface de lá não muda do pc pro mac, como ocorre nesse blogger. é, lá funcionam os botões de negrito, itálico, aquele pra adicionar links e ainda uploadeia fotos. minha vida bloguística ficaria bem mais fácil, mas como eu sou purista e grata ao velho blogger pelos anos de casa, continuo aqui!

que vergonha, hoje a minha professora de jornalismo online quis ler meu blog aqui. ai, ai...
pra quem é xereta, adicionei mais um blog na página de links.
pra quem é legal, a foto que eu recebi do veenie e me fez abrir um puta sorrisão!

terça-feira, abril 15, 2003

eu preciso dormir, mas preciso entregar essa porra desse texto que eu tô escrevendo. putaquepariu, por que eu não consigo acordar mais cedo pra fazer essas coisas? o meu chá aqui em frente já gelou e a preguiça de esquentá-lo vai me obrigar a tomar isso aqui frio mesmo. quer saber? foda-se o texto, vou dormir mesmo... amanhã eu penso numa desculpa furada qualquer.

* needles and pins * I saw her today, I saw her face. It was the face I loved and I knew. I had to run away and get down on my knees and pray that they'd go away...But still they begin * needles and pins * Why can't I stop and tell myself I'm wrong, I'm wrong, so wrong Why can't I stand up and tell myself I'm strong...
lalala, ramones!

é grande, toma tempo, mas quem não tem tempo de ler coisas bonitas tem mais é que morrer. hehehe...

*TABACARIA *

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.

Álvaro de Campos, 15-1-1928
(Fernando Pessoa)

segunda-feira, abril 14, 2003

eu não consigo parar de ouvir rites of spring. e isso me lembra curitiba, sei lá porquê.

dgêntes, putaquepariu! falando lá da verdurada, como eu pude esquecer de citar o melhor presente que uma menina nessa como eu poderia ter ganho? onde está minha cabeça? afe... o menino tagori tem um coração bonito (e um bom gosto fenomenal, hehe) e me deu uma camiseta loveandrocketiana linda (linda, linda, linda!) que ele mesmo telou, com o desenho da capa do #5. esse aí, ó:

claro que a camiseta não é colorida nem tem o logo da fantagraphics ou o preço de capa, duh!
adivinha com que camiseta eu vou pra aula hoje?

eu e meus posts picotados... faz um tempão que eu não vou à minha caixa postal, acho que preciso passar lá antes que crie teia. quer dizer, teia já deve ter de monte porque eu duvido que alguém tenha mandado qualquer coisa pra lá. eu não lembro bem, mas acho que a última vez que a chequei tinha uma carta imbecil (mas bem humorada, pelo menos) de algum curitibano super recalcado me xingando e um cartão postal da carol. lembrei da época em que eu me correspondia com mil gentes e, apesar de demorar séculos, respondia sempre todo mundo. caramba... tô entrando nessas de saudosismo e isso é o máximo do cocô, preciso parar agora. não vou no centro hoje porque tenho que ligar ainda pra cynhe pra pegar meu ton e quero ver algumas cositas na conselheiro. preciso de tempo pra isso e, olha só que absurdo, tempo tem faltado pra mim!

alguém no mundo procurou pela banda tpm de londrina. hehe, olha, eu adoro aquela cidade e isso me deu uma saudade doida de lá. quer dizer, das pessoas, porque da terra vermelha que mancha minhas meias e calças todas eu nunca tive saudade. quero ir pra little london um dia desses, mas preciso antes limpar minha barra com a lena, o shu, a beta, o chico e o mário - todos a quem eu prometo visitas e desmarco em cima da hora.
senhor LaVolta, o quarenta e sete aqui é emo-blog? não, né? eu sei que é diarinho-palha, mas isso pouco me importa...

só pra explicar. cheguei da verdurada domingo, forrei a pança e fiquei entediada. aí vim escrever aqui, mas minha conexão não funcionava (de novo aquela papagaiada de troca de protocolos entre a telefónica e meu provedor). abri o trocinho de texto e escrevi assim mesmo, mas não publiquei!
...
esse é mais um daqueles posts que eu escrevo sabendo que não vou poder postar. (odiei post e postar na mesma frase, que bosta redundante!)
hoje, depois de ter ido me deitar lá pelas sete e pouco da manhã, acordei relativamente cedo pra ir à verdurada. a primeira banda do dia foi o ordinaria, então tivemos que ir logo depois do almoço pros meninos passarem o som direitinho e não acontecer um fiasco sonoro como no carnaval revolução. chegar cedo assim em verdurada é inédito pra mim, eu nem sabia como seria matar o tempo até a hora de ir embora, então eu e a ciça sentamos no estacionamento, onde batia sol, pra conversar e espantar o frio idiota que nos pegou de surpresa. eu nunca lembro que no jabaquara é mais frio que aqui! até que não demorou muito pras pessoas chegarem e o mais legal de tudo, tudo, tudo foi ver o shu, que eu não sabia se vinha ou não pra são paulo, já antes do show do ordinaria! sério, eu adoro boas surpresas e essa foi uma bem fodona. ai, ai. curitiba me mata do coração, eu acho. os shows do dia: o ordinaria estava com o som bom, diferente da maioria das vezes que eles tocam (agradeçam ao juninho, crianças!), o de rap eu nem assisti porque eu sou muito gente grande pra dar bola pra essa baboseira de hip hop (quáquá, eu tô brincando), o vitamin x foi brutalzinho e divertido, o highscore foi um cocô, só se salvando da minha ira pelo coverzinho de gorilla (durante o qual eu quase perdi meus óculos e um dente). ah, foi um cocô porque me falaram tão bem que eu fui cheia de expectativas, e achei assim assim só. ah, pra fechar, o point. eu não gosto de admitir, mas eu gosto deles. só que esse show foi blé porque estava cheio de gente chata e sem graça. preferia ter visto o world burns to death de novo a ver o highscore, sabe? juro. no final das contas, o mais legal continuo sendo o fato de eu ter visto o shu. até porque já temos planos de, quando eu estiver morando em cwb, montarmos um lab de foto. imagina isso: curitiba, mestrado, foto e meus melhores amigos. acho que é tudo o que eu quero.

sábado, abril 12, 2003

vou dormir ao som da voz de deus, dá licença.
...

aliás, esse azedume todo deve ser falta de trep's esses dias. só pode! e, descoberta a causa do problema, é hora de correr atrás da solução! se bem que tudo ficaria mais fácil se meu estômago fosse meu amigo (ou se eu tivesse sido amiga dele, tanto faz agora)... juro.

cocô, cocô, cocô.

ai, tô vendo que esse fim de semana vai me destruir. merde, merde, merde.

pqp. meu mau humor cresce a cada dia e, pra melhorar, meu estômago não me deu sossego. amanhã tem a festa da dedé (que vai ser na casa da sil, na rua passaúna, 72. brooklin) e eu espero que seja ok. foda é que eu não tenho cdr's pra gravar as músicas pra ela, que disse que ia ligar pro azeite, que depois ia me ligar e... olha a hora e nada do telefone tocar. confesso que isso me chateia pra caralho! contanto que não me liguem amanhã muuuito cedo ou em cima da hora demais eu faço tudo numa boa, mas - pelamordeian - não é assim que a bandinha deveria tocar. não tô pedindo medalha de honra ao mérito nem nada, mas se não tiver clash e smiths o suficiente nessa festa e sobrar cerveja alguém vai levar um soco no olho! como eu tô de cu virado mesmo, não é bom duvidar da minha porção ogra. ai, saco...

sexta-feira, abril 11, 2003

ok, a palestra na facu também foi boa (olha só, coisa boa na faculdade!!!), mas as pessoas estragaram tudo. então o gráfico continua no zero quanto a isso. mas foi bom ver as fotos que o lucas me mandou, da nossa super viagem a bh. que saudade brutal daqueles dias. daqueles dias, do traços da morte e do troços da morte também!!! pena que isso só faça sentido pra mim...

cara, eu tô muito de saco cheio de tudo e a única coisa boa de hoje foi pegar o mp3 que os meninos do ordinaria vão usar na verdurada.

quinta-feira, abril 10, 2003

gente, eu sei que essa caca aqui não serve pra muita coisa, além de dar pano pra manga de fofoca, mas como sempre pode ter um desocupado com boas intenções, não custa colocar aqui esse link pra anistia internacional.
FOI APROVADA A LAPIDAÇÃO de AMINA!!!! A ANISTIA PRECISA DE TODOS VOCÊS!!!!!!!!
POR FIM FOI APROVADA A MORTE DE AMINA POR LAPIDAÇÃO.
O Supremo Tribunal da Nigéria ratificou a condenação à morte de Amina por lapidação. Apenas adiaram a sentença em virtude de ainda estar a amamentar o seu filho. Depois será enterrada até ao pescoço e em seguida apedrejada, a menos que um dilúvio de condenação faça com que as autoridades nigerianas voltem atrás na decisão.
Através de uma campanhade assinaturas como esta, salvou-se uma outra mulher na mesma situação.
Não se perde nada, mas ganha-se no sentido humanitário. Não duvidem disto e façam-no por favor. Safiya também seria lapidada porque teve um filho depois de divorciada. A Anistia Internacional pediu apoio através da nossa assinatura na sua página web. Parece que se receberam menos assinaturas desta vez. Favor façam circular esta mensagem.
VÃO LAPIDAR OUTRA MULHER NA NIGÉRIA e desta vez reuniram-se poucas assinaturas:
NÃO CUSTA NADA: BASTA ENTRAR NO SITE.

olha o que eu leio à noite: buddyhead! agora, olha o conteúdo estúpido que eu achei lá:
Premise: You want a bike! (not necessarily a great bike or anything)
You stroll into Toys R' Us or similar store, walk up and down the aisles a bit. If you can manage to keep your eyes on the little HQ partition/cubicle they have, and await the shift change, or know when the shift change occurs- you grab a bike off the rack and remove the price tag. If you time it correctly, you can walk up to the counter and say to an employee (preferably one who doesn't look too sharp, and certainly not a manager) the following :
"Yeah, I bought this bike the other day, and I'd like to return it. The only catch is I don't have my receipt with me."
Outcome 1: "I'm sorry, you can't return an item purchased here without a receipt"
At that point, the employee actually expects you to get frustrated, and walk out of the front doors with the bike in hand. Yours now.
Outcome 2: Employee notices the pleading look on your face and can't bear to tell you to drive all the way home and look around for the receipt. You get a refund on a bike you never bought. (less likely)
Outcome 3: Improper timing. "I saw you walk up here from the back with that bike." (leave store promptly- with the bike if you're tough)

blogger fdp. comeu um post inteiro! tá certo que era tosco e sem graça, mas era o MEU POST TOSCO E SEM GRAÇA!!!

quarta-feira, abril 09, 2003

essa imagem aqui ocuparia espaço demais no blog, então vou colocá-la como link. hehehe

eu tô azeda pra burro hoje. voltei da facu cheia dos enjôos, nem tem graça sair 'mais cedo' assim, mas minha volta pra cá foi legal: a ju me acompanhou até o largo da batata e ficamos falando besteira o tempo todo. ai, ai... pode ficar sossegada, ju! não vou contar pra ninguém que você tem uma nova paixão e... hahaha, brincadeira! eu tô boba também, apesar de tudo. bom, vou comer alguma coisa porque saco vazio não para de pé.
se bem que do meu estado pra saco vazio vai uma senhora diferença e muitos quilos!

terça-feira, abril 08, 2003

ontem eu não fui à faculdade por causa da greve de ônibus. hoje eu tinha como ir. nada como um dia após o outro, não? blééé.
um link pra comemorar o dia de hoje.

de uma coisa eu tenho absoluta certeza: minha pipoca é uma delícia, mesmo às quatro da manhã. ai, ai...

a cadallaca caiu (desceu, pulou, escorregou) no telhado da área de serviço aqui de casa e estava chorando, morrendo de medo. nem o bá nem a ciça perceberam e tivemos que ligar pra eles pra perguntar se era mesmo a priminha do chomsky. isso me deu medo. acho que além de mãe (daqui a algum tempo, claro!), vou ter que ser uma super tia também. como pode esse casal não ouvir a gatinha deles miando desesperada? tsc tsc tsc esse mundo tá virado.

não sei como as coisas se processam, mas um amigo do cocada - que eu não conheço - achou meu álbum de fotos p/b na net e contou pra ele.
Cocada: jaguara voce faz um site com fotos e tal e nem me avisa?
Nessalita: ué, voce ficou sabendo de qualquer forma, nao ficou? pra que falar se os outros falam por mim? niééé

eu tenho que admitir que eu não gosto muito desse blog. sério mesmo! porque não é legal (menos ainda cool ou qualquer baboseira assim) e porque nem como válvula de escape funciona mais pra mim. e eu tinha começado isso aqui dessa maneira, sabe? eu sempre escrevi pra espantar os fantasmas debaixo da minha cama, sempre. aliás, escrever pra mim funciona assim. quando eu tô muito mal, a única coisa que consegue realmente desviar minha cabeça do que me aflige é sentar pra escrever - qualquer coisa que seja, de uma crônica ridícula a um manifesto mais ridículo ainda. é, tem isso também. eu nunca gostei de porra nenhuma que eu escrevo! haha por que continuo, né? doidos, vai entender esses aí! mais uma: odeio esses parágrafos curtos que a internet me fez o favor de tornar usuais. mas isso nem me aflige porque se eu sento com papel e caneta continuo fazendo aqueles parágrafos gigantes e cheios de digressões que me deram fama de prolixa na escola. aliás, cocô pra isso também! uau, eu estou chatinha hoje, né? então é hora da segunda confissão: tô frustrada porque eu não consigo fazer porra nenhuma pra ajudar as pessoas que eu gostaria de ter sempre debaixo da minha asa. como o rodrigo de cwb, por exemplo. nem botá-lo no meu colo e fazer cafuné pra ele dormir bem eu posso, que dirá algo mais efetivo? essa frustração me deixa mais puta da vida que de costume e embora eu não goste de deixar transparecer, sou uma menina descontente e puta da vida em tempo integral.
descontentamento me remete direto à minha faculdade. aquilo lá é um lixo. eu sei que as universidades por aí não ficam muito atrás, mas é deprimente ver aquele circo e ter que fazer parte. ok, ninguém segura uma arma na minha cabeça pra que eu frequente aquela merde, mas tenho um pacto com meu pai e sou obrigada a cumpri-lo porque (olha que coisa mais old fashioned e demodé) eu levo a sério minha palavra. alguém lá dentro deveria fazer a mesma coisa e fazer aquilo pelo menos se parecer com um lugar de discussão e idéias ebulindo aos montes. sonho meu! mas, tudo bem... além desse letivo, é só mais um semestre e umas adaptações pra ganhar aquele diploma que não certifica porra nenhuma (e ainda custa uma grana!). aliás, é doloroso saber que o meu diploma e o da marta (uma porta da faculdade) vão valer a mesma coisa, como é triste também perceber que ela deve ter se esforçado e acredita que a faculdade foi super útil pra vida dela enquanto eu cago quilos praquela merde toda. não tô bancando a espertalhona, não mesmo e, foda-se, não tenho que ficar me justificando no meu próprio blog.
ai, que post grande. eu diria muito mais coisa, mas vai encher o saco ver um post desse tamanho, então corto por aqui mesmo até porque ninguém vai se dar ao trabalho de chegar até aqui!

segunda-feira, abril 07, 2003

jan, quem é o wynhol michael? se a yara gosta dele, deve ser gente fina, quero conhecê-lo!! que gracinha a sua filhota...

eu ando meio amarga mesmo. azar dos que são obrigados a conviver comigo. sinto muito quando tenho esses rompantes de fdp, mas também não posso passar a vida pedindo desculpa por eles. não que eu tenha muito orgulho disso e de ser dramática até os ossos e levar tudo a extremos, não mesmo. mas eu sou assim e costumo até avisar que não sou flor que se cheire... mas isso não importa de verdade mesmo, conheço pouquíssimas pessoas que o são.
o show do hangar foi bem legal e incrivelmente o som estava bom desde o começo. quer dizer, o começo mesmo (life is a lie) eu perdi, mas cheguei a tempo de ver o discarga e todo o resto e foi muito, muito fodido. quando as luzes se acenderam e eu pude ver todos os presentes, tive que sair correndo por causa do metrô e (quase exclusivamente) nessas horas sinto falta de um carro à minha disposição, mas também não é uma sangria desatada! dei sorte ao chegar nas clínicas, meu busão estava passando e cheguei logo em casa. uhuu.
tô morrendo de fome e vou preparar alguma coisinha pra disfarçar.

domingo, abril 06, 2003

preciso criar coragem pra sair de casa, mas debaixo de chuva é foda. o chico e o dani falaram bem do show do world burns to death e eu fiquei curiosa, quero ver. ai, ai... que dia feio!

ai, que link mais gotouso esse aqui. inútil e fútil, como a ruiva tingida que vos escreve.

que escolha de merde, antes tivesse ido dormir. eu e meu problema com a definição de sorte. ó só.

acabei de chegar em casa de uma não-balada. cinema meio frustrado, mas um bate-papo dos melhores (regado a café - que me desculpe a senhora puta gastrite) com o super pierre e a super inda. woohoo! eu tô bem feliz depois do conversê de hoje, até mais leve, sabia? haha mais leve também porque todo mundo anda dizendo que eu emagreci, só que eu não vi diferença ainda, mas fico contente de ouvir porque como todo mundo sabe, eu sou uma hipócrita do caralho, que gosta de meninas gordinhas mas se sente mal quando se vê no espelho e enxerga os pneuzinhos! awrái, exageros à parte, todo mundo tem dito isso e... ah, esquece. entrei na net pra ver se pegava o dani online, e dei sorte. dá licença, vou falar com o meu garoto.

sexta-feira, abril 04, 2003

porra, não bastasse toda a merde que tem me rodeado, agora isso.

quinta-feira, abril 03, 2003

as pessoas têm mesmo me tratado mal ou eu que tô sensível demais? alguém me explica.

pior que nem sono eu tenho agora...

merde. tenho que confessar que mesmo depois dO filme, minha noite não foi batuta. pelo contrário, tô um caco. merde, merde. enjoada e triste. merde, merde, merde.
queria dizer pra helô que ela deve fazer logo o zine dela porque eu já estou ansiosa esperando, mas duvido que ela leia esse blógue aqui. tudo bem.
hoje eu tô tão blé que dá até raiva. e não consegui pensar numa porra duma merde pro trabalho da sideshow bob. pqp.
cocô pra todo mundo.

bonito, o dani acabou de ligar pra avisar que tá passando ghost world no telecine agora. não me canso de ver!!! se eu soubesse, teria gravado pro chico... merde! vou ver na revista da programação quando reprisa. mas só depois de tomar minha sopinha vendo o filme. hehe

quarta-feira, abril 02, 2003

não tem nada como ouvir clash numa tarde imbecil. pequenas coisas salvam meus dias...

O Bush já abriu precedentes...

Texto de Terry Jones, ex-membro do Monty Phyton, publicado no jornal
London Observer em 26/01/2003.

Estou realmente animado com a mais recente razão de George Bush para bombardear o Iraque: a paciência dele está acabando. E a minha também!
Há algum tempo tenho ficado realmente irritado com o Sr. Johnson, que mora na minha rua. Bem, ele e o Sr. Patel, dono da loja de comida natural. Os dois me olham esquisito e tenho certeza de que o Sr. Johnson está planejando algo ruim para mim, mas até agora não pude descobrir o que é. Já passei pela casa dele algumas vezes para ver o que ele estava fazendo, mas ele sabe esconder bem as coisas. Ele é enganoso assim. Quanto ao Sr. Patel, não me pergunte como eu
sei, eu simplesmente sei [de fontes excelentes] que ele é um assassino em massa.
Já panfletei para a rua inteira dizendo que, se não agirmos antes, ele vai nos atacar um a um. Alguns dos meus vizinhos dizem que se eu tenho alguma prova, por que não vou à polícia? Mas isso é simplesmente ridículo. A polícia vai dizer que eles precisam de provas de um crime para acusar meus vizinhos. Eles vão inventar todo tipo de desculpas e começar a enrolar com os erros e acertos de prisões preventivas enquanto o Sr. Johnson vai finalizar seus planos para fazer coisas terríveis comigo e o Sr. Patel vai assassinar secretamente as pessoas. Já que sou o único na rua com uma quantidade razoável de armas de fogo automáticas, concluo que é minha função manter a paz. Mas até pouco tempo isso tem sido um pouco difícil.
Agora, no entanto, George W. Bush deixou claro que a única coisa que preciso fazer é perder a paciência e depois posso fazer o que quiser! E, encaremos, a cuidadosa política do Sr. Bush em relação ao Iraque é a única forma de concretizar a paz e segurança internacional.
A única forma certa de impedir que os terroristas suicidas muçulmanos fundamentalistas ataquem os EUA e o Reino Unido é bombardear alguns países muçulmanos que nunca nos ameaçaram. É por isso que quero explodir a garagem do Sr. Johnson e matar a mulher e os filhos dele. Atacar primeiro! Isso vai ensiná-lo uma lição. Depois ele vai nos deixar em paz e parar de me olhar de forma esquisita totalmente inaceitável. O Sr. Bush deixou claro que tudo que ele precisa saber antes de bombardear o Iraque é que Saddam é um cara muito, muito mau é que ele tem armas
de destruição em massa, apesar de ninguém conseguir encontrá-las. Tenho certeza de que tenho tanta justificativa quanto ele para matar a mulher e os filhos do Sr. Johnson quando o Sr. Bush tem para bombardear o Iraque. O objetivo em longo prazo do Sr. Bush é tornar o mundo um lugar mais seguro, eliminando 'países ilegítimos' e 'terrorismo'. É um objetivo tão esperto! Pois como podemos saber quando o atingimos?
Como o Sr. Bush vai saber que exterminou todos os terroristas? Quando todos os terroristas estiverem mortos? Mas um terrorista só é um terrorista depois de cometer um ato de terrorismo. E os futuros terroristas?
São esses que é preciso eliminar realmente, já que a maioria dos terroristas conhecidos, sendo suicidas, já se auto-eliminaram. Talvez o Sr. Bush precise eliminar todas as pessoas que teriam alguma possibilidade de vir a ser um futuro terrorista? Talvez ele não possa ter certeza de que atingiu seu objetivo até todos os muçulmanos fundamentalistas estarem mortos.
Mas aí alguns muçulmanos moderados podem se converter para o fundamentalismo.
Talvez a única coisa segura a fazer seja eliminar todos os muçulmanos?
É a mesma coisa na minha rua. Sr. Johnson e Sr. Patel são apenas a ponta do iceberg. Existem dezenas de pessoas na rua de quem eu não gosto e que, sinceramente, me olham estranho. Ninguém vai estar realmente a salvo até eu ter eliminado todos. Minha esposa diz que eu estou indo longe demais, mas eu respondo a ela que simplesmente uso a mesma lógica que o presidente dos EUA. Isso cala a boca dela.
Como o Sr. Bush, minha paciência acabou e, se isso é uma razão boa o suficiente para o presidente, é boa para mim também. Eu vou dar à rua inteira duas semanas - não, dez dias - para revelar e entregar todos os aliens e seqüestradores interplanetários, criminosos galácticos e gênios terroristas interestrelares. Se eles não os entregarem de boa vontade e agradecerem, vou mandar a rua inteira para os ares. É uma medida tão sã quando a que George W. Bush está propondo e, em contraste com o que ele pretende, minha política vai destruir apenas uma rua.

adorei ter visto the osbournes hoje. aquela hora que o ozzy ficou rindo por causa das três unhas marrons... mó bonito ver alguém rir que nem bobo daquele jeito. ;)
mas continuo enjoada e vou dormir.

terça-feira, abril 01, 2003

eu tô enjoada.

a dedé falou que ninguém entra no blog dela por isso estou fazendo esse serviço de utilidade pública: divulgar a festa dela, da sil e do azeite! tãrããã!
e eu nem vou postar uma "piadinha primeiro de abril" porque eu sou muito sisuda pra me divertir com isso.

a festa da dedé é issaê!

não costumo colocar quizzes aqui. só os que me deixam orgulhosa, como esse:
You are Fugazi!
You are Fugazi!
If history is kind to Fugazi, their records won't
be overshadowed by their reputation and methods
of operation. Instead of being known for their
community activism, five-dollar shows, ten-
dollar CDs, resistance to mainstream outlets,
and the laughably fictitious folklore
surrounding their lifestyle, they will instead
be identified as setting a high bar for
artistic excellence that is frequently aimed
for but seldom achieved with great frequency.
During their existence, the four-piece created
some of the most intelligent, invigorating, and
undeniably musical post-hardcore rock & roll.
Along with their stridently underground ethics
-- which were more out of pragmatism and
modesty than anything else -- they gained an
extremely loyal and numerous global following.
To many, Fugazi meant as much to them as Bob
Dylan did to their parents. Somewhat better to
look at, perhaps, and certainly more
accessible, but just as commanding of attention
and adoration. More than anything, Fugazi
inspired; they showed that art can prevail over
commerce.


Which 80s American Underground Band Are You?
brought to you by Quizilla

me disseram que o meu cabelo vermelho me deixou com cara de publicitária. eu não acho.

eu queria ir pra curitiba no feriado, mas duvido que con$iga. além do mais, o arnaldo deve vir pra cá e eu tô 'de castigo', de qualquer maneira. pfff... e, uia!, o blog da jan não abre hoje no browser louco da garota aqui.

eu queria que o limewire funcionasse rapidinho aqui, assim eu baixaria algumas músicas pra festa da dedé+sil+azeite, mas o trocinho só trava! hmpf!
estava acertando umas fotos pra publicar no gordarocknroll, mas não ando com paciência pra fazer as coisas direito e tá tudo borrado, mas foda-se! falando em fotos, ontem recebi um e-mail da lu recheado de fotos das meninas mais lindas de santos, penny lane e lady jane. fiquei pensando que seria muito legal se a cadallaca e o chomsky se dessem bem como elas. espero que, morando aqui no prédio, a relação dos gatos melhore. de resto, resto. dor de estômago e cabeça nem têm graça.

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