sábado, junho 29, 2002

meio que respondendo ao e-mail da bá... (e a todo mundo que tem me perguntado se eu tô realmente bem...)
olha só, eu realmente não tô numa fase das mais felizes, mas acho que essa mèrde toda passa com o tempo, ou pelo menos assim eu espero. por trás do caos todo, de toda a dor que eu tenho sentido, tão forte, tão fodida, existe um ponto positivo: o negócio é que eu definitivamente parei de tomar aquela porrada de antidepressivos (como diria o bá: "camuflagem flácida para adormitar bovinos", papo furado) e tô tendo que me virar só comigo. jogar fora as muletas não tá sendo tão fácil quanto eu gostaria e parece que eu não escolhi também um bom momento pra esse grande feito.bom, as piores semanas já passaram e todas as tentativas de suicídio já ficaram pra trás mesmo. feliz ou infelizmente eu não tenho tanta coragem assim! ... pra começar, acho que tá muito fodido esse esqueminha de não fazer porra nenhuma da vida: nem banda pra matar tempo eu tenho mais e o ócio realmente anda me corroendo, mas isso é pouca coisa no meio da cagada toda. quer dizer, eu nem sei direito onde é que tudo isso começa, nem o que é causa ou efeito do quê! tem a história do inferno do carlinhos, que se tornou meu inferno também, claro (eu seria a maior mentirosa do mundo se dissesse que isso não tem me abalado)! pra quem me conhece há algum tempo não é novidade me ver tropeçando fodido por causa dele. de verdade, nem sei se eu quero mesmo falar mais a respeito dessa historinha torta, mas que me quebrou as pernas, quebrou sim! e como não quebraria, se o "pai" de um dos meus sonhos mais bonitos tá lá fodido e eu não posso fazer grandes coisas?! ushi! ... porra nehuma me anima, me tira dessa "névoa" (sei lá como eu explico essa bosta). ai, mèrde! foda é que encontrar as pessoas, receber carta, falar no telefone, sair pro cinema (...) não ajuda porra nenhuma, só distrai um pouco e esconde a vontade de comer asfalto e morrer. pute mèrde!! é tudo tão ruim, tão chato, tão fodido, tão feio... eu imagino que deva parecer choramingo de criança mimada ou qualquer coisa que o valha, mas é horrível olhar pra frente e não ver muito. é desesperador! e é uma maldição ver que nem as pessoas que você mais ama podem fazer alguma coisa! e pra deixar a coisa mais 'divertida' eu tenho passado os dias com dor de cabeça, enjôo e uma gastrite dos infernos. [canta "born to lose" agora, nessa idiota! hehe...] mèrde, mèrde, mèrde... não aguento mais esse papinho de miséria!! eu não estar legal hoje não significa que nunca mais eu vá sorrir de verdade, né? então, espero que pelo menos o show do avail me anime e que encontrar mais amigos me ajude, de alguma forma. vou ouvir gorilla biscuits pra cantar alto e sorrir um pouco.
a quem se importa, muito obrigada. aos meus amigos, todo o amor do mundo!!!
nessa


quinta-feira, junho 20, 2002

eu sou o mau humor em pessoa agora, ou o fundo do poço da auto-estima, ou a tristeza encarnada. tô aqui trancada num quarto que nem é meu, num apartamento onde eu me sinto estranha, chateada por meia dúzia de palavras que minha mãe gritou com a minha avó. patético, mesmo. eu só queria ter uma noção mínima do que fazer quando eu me sinto assim, um lixo-humano, imagem que meu pai faz o favor de alimentar com gosto cada vez que liga aqui. pqp. ontem eu estava tão bem, tão 'gorilla biscuits', start today! hoje eu tô tão pra baixo, num clima imbecil de penumbra. ushi, bem mal mesmo. achei que o veenie tivesse respondido o meu último e-mail, eu tava torcendo por isso, mas não aconteceu. recebi um e-mail do mário, com um cartaz novo dele. eu fiquei contente porque acho que ele tá cada vez mais fodasso e isso me torna cada dia mais fã dele. [e se todas as pessoas fossem como o mário, juro que eu seria felizassa!] eu preferiria um e-mail mais pessoal, mas tudo bem. eu cheguei a comentar que o show do ordinaria hit foi um cu de ruim e que a festa do daniel foi um fiasco? mèrde, eu gosto tanto dele, não queria que desse assim errado. ele mal para aqui no brasil e, quando vem, tem tristeza. às vezes os amigos não aparecem por perto nas horas que a gente mais precisa. de qualquer forma, não é obrigação de ninguém estar por perto pra aliviar a miséria dos outros. queria saber onde anda a porcaria da esperança que eu tinha comigo. não sei nem em quê ter esperança agora. não me faz muita diferença estar trabalhando ou não, almoçar ou não comer nada o dia todo, escovar os dentes e pentear o cabelo porque eu não quero ver mais ninguém. quero mais é que um mofo gigante me engula, que a placa bacteriana tranque minha boca e eu continue aqui, escondida, sem pensar em mais nada. eu e a minha auto-indulgência, que só não me faz mais mal porque não consegue. pqp. pqp. por que eu não consigo me sentir bem?

quarta-feira, junho 19, 2002

estou apaixonada, mais que apaixonada, apaixonadérrima! encontrei meu ray_dominguez_dream_come_true... pena que ele esteja bem longe agora.
amor y cohetes,
néssi.

domingo, junho 16, 2002

quase morri. duas vezes, acho. o chomsky estava brincando de esconde-esconde e eu achei que ele poderia ter ido pra rua, já que as portas do prédio estavam escancaradas. dei voltas enormes por aqui, chorando, com o coração mais apertado do que já tem estado. me senti uma mèrde, uma porcaria de mãe, uma perdedora. pronto! tô morta uma vez, sem o meu gatinho. enquanto isso a minha cabeça só fazia pensar em planos de suicídio. se eu não visse meu gato hoje, amanhã não veria mais. pra mim parece bem simples: racumim manda bem, caco de vidro no pescoço é legal e um fio de telefone enforca direitinho. sei lá... vou arranjar um crucifixo pra pendurar no pescoço, uma espécie de conversão, agradecimento pela vida do meu bichano. tá tudo ainda jogado na minha cabeça, eu nem sei se eu estou fazendo algum sentido assim entupida de lítio e água com açúcar.
tenho só umas horinhas pra ficar de pé e sair de casa. então é assim, vou deixar meus olhos bem pretos e nem vou mudar de roupa, tô suja mesmo e ninguém tem nada a ver com isso. meio na obrigação, vou no show do ordinaria hit com biônica.
nessa

depois do show do college & againe eu fui pro inferno e fui mais fundo ainda uns dias depois, ainda por causa do carlinhos. antes que alguém brigue comigo e reclame que eu não tenho amor próprio eu já aviso que eu não tive uma porra de recaída. ainda assim, tô fodida de dor de coração.
nessa

terça-feira, junho 04, 2002

conversei com o veenie ontem e isso foi bom. a saudade sempre dói e eu já estava me sentindo abandonada pelo meu irmão sicológo.
eu nem comentei o show do againe com o college, no subjazz. também, nem precisa, é previsível e triste: a menina nessa chega lá com a cabeça nas nuvens, sonhando com o menino dos olhos doces, mas assim que vê o carlinhos-coffee_eyes-diaz desmonta... eu passei alguns dias chorando, desencantada, frustrada, triste - ele está meio acabadinho... dói ver. sorte a minha que ele nem olha na minha direção, e eu nunca mais vou dar o braço a torcer; aliás eu não quero que passe pela cabeça dele que - de novo! - se estalar os dedos eu estou lá. ...e eu tinha certeza que já tinha superado o caso. mèrde!
o show do college foi fuinha porque o baixista feriu sua mão e não pôde tocar. mas foi bem bom ver a pinda-crew.
néssi

(além do garoto dos olhos doces e o dono dos tristes coffee eyes, tenho que lembrar que o meu coração (de biscoito ou não) balança demais também pelo avail. impossível seguir um dia sem cantarolar "simple song"...)

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