terça-feira, março 25, 2003

acho que nunca comentei do cara que sempre pega o ônibus comigo pra voltar da faculdade. ele é uma mistura do mário de curitiba com o david grohl e, mesmo assim, consegue ser feio. odeio achar pessoas feias. eu quase nunca acho uma pessoa feia, então quando vejo uma fico me sentindo meio estranha. esse cara é legal e até que puxa uns papos interessantes. hoje ele estava vestindo uma camisa amarela bem esquisita e carregando uma pasta tipo executivo. estava "bem arrumado" e me lembrou o cara do ghost world, seymour, mas não tem nada a ver porque esse moço do ônibus não sabe quem é o crumb, não ouve velharia de classe e duvido que tenha alguma coisa nele que venha a me surpreender. O Seymour/Steve Buscemi do filme, criação de Clowes e Zwigoff, é uma figuração dessas obsessões; o eterno solteiro derrotado parece ser um duplo de Clowes ou Crumb, autores de BD que também coleccionam discos de blues antigos e outros resquícios de uma América perdida no tempo. na verdade, se esse cara poderia me impressionar mesmo, nem quero saber.

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